quinta-feira, 27 de novembro de 2008

Dizem que alguns caminhos não têm volta. Na verdade, penso que nenhum caminho tenha; o que acontece é que você pode parar e virar a esquina, seguir um outro... mas voltar, voltar não dá. Mas caso alguns tivessem volta e outros não, o meu sem dúvida seria um daqueles que desmoronou a cada passo, me impedindo de voltar pra sempre.
Ando cansada... cansada de tanta coisa... Vejo como as pessoas mais vazias se acham especiais e únicas, as mais consumistas cheias de discurso de que não se deixaram comprar pelo capitalismo, a galera 'modificada' se achando realmente modificada, uns que se acham pensantes rindo da aparência dos outros... de repente me deu medo, muito medo de me achar especial e na real não ser nada. Pensei em como eu gostaria de estar naqueles pensamentos, naquelas histórias divertidas que ele conta, naquele passado saudoso... O mais engraçado é que isso me machuca de uma maneira tão legítima que fico louca quando ouço: "você está viajando". Era mesmo o que eu queria. Viajar.
Só sei atirar nas entranhas. Se é bom ou ruim eu não sei. Morro muitas vezes, mas quando vivo... vivo por uma vida inteira em um dia.
Se eu tivesse uns oito anos agora (época feliz...) e estivesse assoprando as velinhas do meu bolo de aniversário, faria apenas um simples desejo - o que não faz sentido, já que desejo isso agora, mas digo isso porque hoje a magia de soprar velinhas já não existe mais - desejaria estar lá, naquelas palavras, naquelas lembranças, naquelas histórias... Porque é muito mais fácil abrir mão dessa coisa torta, sem nada de especial - com o diferencial de saber que não é - sem nada que seja único de verdade do que dos "amigos de verdade".
Empatia... ouço tanto essa palavra. Queria uma pitadinha agora, uma esmolinha que fosse...

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