Quando eu tinha 14 anos ganhei "O poema do haxixe" do Baudelaire. Já perdi as contas de quantas vezes li e reli este livro e, relendo mais uma vez agora, tive vontade de colocar um trecho aqui. Neste trecho, Baudelaire fala de um episódio que se passara com um homem viciado em haxixe:
"(...) Embora naturalmente inclinado a simpatizar com todos os sofrimentos causados pela imaginação, não pude deixar de rir desse relato. O homem que o fez não se emendou. Continuou pedindo à geléia maldita a excitação que é preciso encontrar em si mesmo; mas como é um homem prudente, comportado, um homem da sociedade, diminuiu as doses, o que lhe permitiu aumentar a freqüência. Mais tarde, apreciará os frutos podres da sua dieta".
Tenho pensado muito nisso, que é preciso encontrar a excitação e tudo o mais que buscamos fora, em nós mesmos... E quando isso não acontece, não adianta ter mil litros de amor gritando dentro do peito...
O que eu faço com esses mil litros dentro de mim? Alguém abra a torneira, por favor.
:(
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