quinta-feira, 9 de julho de 2009

De repente eu decubro que o mertiolate realmente já não arde mais quando cai sobre aqueles machucados. Descubro o significado de algo muito maior, de uma cumplicidade muito boa de se experimentar, uma alegria desmedida, algo que não vem em pílulas.
Por que já tem quase dois meses que nós comemos o strogonoff que eu faço. Quase todos os finais de semana. E tem o supermercado que sempre vamos de madrugada, as caxetas - que na verdade são pif paf - as músicas do Arctic Monkeys, as piadas que me fazem ouvir a risada mais gostosa do mundo - sim, Cacá! a sua risada! - os três colchões no chão da sala, os 500 edredons, os filmes - às vezes cult's, às vezes babacas - o jogo de futebol e tantas outras coisas pequenas de tão grandes.
E tudo isso me enche de fôlego, ar suficiente pra mergulhar fundo em mim mesma novamente e em toda essa angústia e encontrar nela mesma todos os meus sorrisos. Fazer dessa borra grossa e amarga, um café doce e agradável. E não fará diferença nenhuma tomar esse café com aquele mocinho de cabelo engraçado ou com qualquer outro, desde que essas estrelas que brilham tanto estejam sempre comigo...

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