sábado, 28 de fevereiro de 2009

Está morto.
Morreu na minha frente
e não me interessa lembrar de seu aniversário de morte.
Não sei bem a causa
e agora entendo porque foi inútil tentar levantar essa questão:
já estava morto.
Sei que foi na minha frente,
mas não sei bem quando foi,
pois estava gelado havia muito tempo
e seu coração bastante decomposto.
Está morto e eu viúva do que nunca conheci,
num luto cinza que não tem data nem hora pra terminar.
Sem velório nem enterro.
Apenas um dor pesada entupindo meu peito,
fazendo doer os pulmões...

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