O porco tem sede de sal, chuta forte no estômago pra fazer faltar o ar, pra fazer cair no chão. É um porco sem nenhum escrúpulo, um porco que atira a queima roupa, porco sem arrependimentos. Não adianta tentar fazer de um porco, um rei. Não adianta. Porco estúpido. Porco satisfeito em ser porco. Em ser sujo.
O porco mata sua sede de sal por essa noite. Ela tem sal e sangue nos pulmões. O porco não se importa desde que tudo esteja verde à sua frente. Esfaqueia e corre de volta pro seu chiqueirinho de porco-vampiro. Chiqueirinho sem espelhos. Espelhos mostram o que ele não suporta ver: que optou por ser porco mesmo quando era a vida de alguém. Violência. O porco cospe em quem o ama.
Assinar:
Postar comentários (Atom)

Nenhum comentário:
Postar um comentário